sábado, 30 de novembro de 2013

O Treze: Administração incompetente.

Houve um tempo em que uma administração competente era aquela que tinha contatos políticos, isto é, era ligada ao governo estadual e ou ao federal.  Hoje competência é no sentido literal da palavra. Competente na criação de projetos que atendam às carências locais.
 Essa competência tornou-se tão salutar que na edição de 14 de novembro de 2013, a revista ISTOÉ trouxe uma reportagem sobre a intenção de o Governo Federal ministrar aulas aos gestores ensinando-os a elaborar projetos e cumprir as exigências dos programas federais. Isso se deu devido ao grande número de municípios e estados que perdem verbas por falta de projetos.
 Mas ainda há gestores que  acreditam que podem ir até Brasília e trazer verbas para o município sem ter na mala projetos. Esse jeito antigo de governar tornou-se inadequado. Atualmente para ser um bom gestor, o agente político precisa ter visão do todo, contar com uma equipe entrosada e focar em objetivos comuns.
Uma boa gestão começa já na campanha, momento de compactuar parte da equipe, quando se percebe quem comunga com o projeto que se quer implantar no município. Nesse momento já se deve ter um olhar geral e pensar num grupo coeso com lealdade, indispensável em uma administração competente.
Outro fator a ser observado é a satisfação do servidor público. Dificilmente o trabalho será produtivo com trabalhadores sob pressão e desvalorizados.  É preciso também valorizar os servidores de carreira, pois eles conhecem a “máquina” e podem fazê-la funcionar bem. É sempre bom lembrar que os administradores passarão, mas os servidores ficarão.
Quanto aos secretários devem ser na medida do possível funcionários de carreira, ou pessoas que conhecem a realidade do município, pois se elas desconhecem a cidade, podem achar-se no direito de não prestarem satisfações à sociedade e assim desrespeitarem a cultura e os hábitos do povo.
 Uma boa administração já se conhece no primeiro ano de governo, vitrine dos outros três. Nele, não se esperam grandes obras, grandes feitos, mas já se percebe o que virá pela frente. Se o administrador contrata muitas pessoas e compromete a folha de pagamento demonstra que não otimizará os recursos ao longo do mandato e isso é sinal de preocupação.
O contato com o povo é indispensável. É com ele que o administrador percebe o que precisa mudar e melhorar. A consulta às diversas forças políticas também é um termômetro da administração, porque quando o administrador se isola engana a si mesmo. Ou se houver a intenção de isolamento do administrador por um grupo que age como se fosse o próprio administrador, corre se o risco de  enganá-lo.
Não é preciso ser cartomante, vidente, astrólogo, para se prever o futuro de uma cidade. Observando-se “o andar da carruagem” sabe-se  se o administrador conseguirá cumprir  a jornada  para a qual foi designado. E não é só cumprir, mas cumprir até o fim e com qualidade. 
Então é preciso que os cidadãos estejam sempre atentos e exijam planejamento do município. Não se pode aceitar que a administração perca oportunidades e que pare de avançar. É inadmissível que o agente político feche o dia sem pensar nos próximos que vêm pela frente.  

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