Houve um tempo
em que uma administração competente era aquela que tinha contatos políticos,
isto é, era ligada ao governo estadual e ou ao federal. Hoje competência é no sentido literal da
palavra. Competente na criação de projetos que atendam às carências locais.
Essa competência tornou-se tão salutar que na
edição de 14 de novembro de 2013, a revista ISTOÉ trouxe uma reportagem sobre a
intenção de o Governo Federal ministrar aulas aos gestores ensinando-os a
elaborar projetos e cumprir as exigências dos programas federais. Isso se deu
devido ao grande número de municípios e estados que perdem verbas por falta de
projetos.
Mas ainda há gestores que acreditam que podem ir até Brasília e trazer
verbas para o município sem ter na mala projetos. Esse jeito antigo de governar
tornou-se inadequado. Atualmente para ser um bom gestor, o agente político precisa
ter visão do todo, contar com uma equipe entrosada e focar em objetivos comuns.
Uma boa gestão
começa já na campanha, momento de compactuar parte da equipe, quando se percebe
quem comunga com o projeto que se quer implantar no município. Nesse momento já
se deve ter um olhar geral e pensar num grupo coeso com lealdade, indispensável
em uma administração competente.
Outro fator a
ser observado é a satisfação do servidor público. Dificilmente o trabalho será
produtivo com trabalhadores sob pressão e desvalorizados. É preciso também valorizar os servidores de
carreira, pois eles conhecem a “máquina” e podem fazê-la funcionar bem. É
sempre bom lembrar que os administradores passarão, mas os servidores ficarão.
Quanto aos
secretários devem ser na medida do possível funcionários de carreira, ou
pessoas que conhecem a realidade do município, pois se elas desconhecem a
cidade, podem achar-se no direito de não prestarem satisfações à sociedade e
assim desrespeitarem a cultura e os hábitos do povo.
Uma boa administração já se conhece no
primeiro ano de governo, vitrine dos outros três. Nele, não se esperam grandes
obras, grandes feitos, mas já se percebe o que virá pela frente. Se o
administrador contrata muitas pessoas e compromete a folha de pagamento demonstra
que não otimizará os recursos ao longo do mandato e isso é sinal de
preocupação.
O contato com
o povo é indispensável. É com ele que o administrador percebe o que precisa
mudar e melhorar. A consulta às diversas forças políticas também é um
termômetro da administração, porque quando o administrador se isola engana a si
mesmo. Ou se houver a intenção de isolamento do administrador por um grupo que
age como se fosse o próprio administrador, corre se o risco de enganá-lo.
Não é preciso
ser cartomante, vidente, astrólogo, para se prever o futuro de uma cidade.
Observando-se “o andar da carruagem” sabe-se se o administrador conseguirá cumprir a jornada para a qual foi designado. E não é só cumprir,
mas cumprir até o fim e com qualidade.
Então
é preciso que os cidadãos estejam sempre atentos e exijam planejamento do
município. Não se pode aceitar que a administração perca oportunidades e que
pare de avançar. É inadmissível que o agente político feche o dia sem pensar
nos próximos que vêm pela frente.
Comungo com essa verdade!!
ResponderExcluirConcordo plenamente!!